sexta-feira, 13 de maio de 2011

Perceber



Não percebo
nem metade 
do que concebo
em minha personalidade.
O lugar em que me insiro, 
Os ares que eu respiro,
A (des) regularidade do solo em que piso.
Minhas ações em contínuo improviso,
cada ato que dramatizo,
cada significado que verbalizo.

Nem a diferença entre cores,
entre olores, entre sabores.
Nem os efeitos do volume
da música que desfruto.
Em alerta, antes que me acostume:
"Do mundo, me tornei produto?"
E os meus instintos,
onde é que estão?
Moveram-se para labirintos
ou permanecem com distinção?
Veio então uma luz,
nem tão rápida, nem tão precisa.
Me recompus
e decidi-me indecisa.
Desconstruir e deformar.
Reconstruir... ressuscitar!

2 comentários:

Tay disse...

AAAAH que perfeitoo *-*
adorei esse poema.

bjus =*

Lucas henrique disse...

a palavra lavra alma... poetisa...