quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EmAna - A guria do cinema e um poema sem tema



PRÓLOGO
- "Quem sabe nossos riscos dão um poema; um emblema ou um teorema?"
- "Sobre que tema?"
-  "Pensando bem, um poema precisa de tema? Pode falar de uma ida ao cinema!"
- Sim... uma ida ao cinema, seria um problema?
- Pode se tratar de um grande esquema, pode criar um dilema...”

EmAna - A guria do cinema e um poema sem tema

Um dia Aninha quis escrever um poema:
era sobre o cinema.
Viu que se tratava de um complexo tema
"Ir ou não ir", era esse seu dilema
Escolha nada fácil, ela pensava em tudo, menos em resolver seu problema
Procurava rimas, atentava-se a cada fonema
Queria mais do que se decidir, criar um poema
escolhia cada palavra para não fugir do tema
Pedrinho ligou, pensou em desistir e convidar Ema
Mas lembrou-se do pai da menina, autoridade suprema
“Santo telefonema! Será que agora vamos ao cinema?”
“Pedrinho não trema! Resolveremos esse dilema...”
“Já esta planejado, não desistas do cinema!”
Aninha com seu jeito "estratagema"
elaborou uma resposta de força extrema
"Irei contigo, se me fizeres um poema"
“UM POEMA?” Pedrinho agora tinha dois problemas...
Juntou palavras, fez delas um sistema:
daquele telefonema teria que sair um poema.
Arrumou-as, desarrumou-as, prendeu-as no papel sem precisar de algema
e disse: “Eis um poema!”
Pensou de novo "Devia ter chamado Ema!"
Mas confiante, ligou pra Aninha como se não tivesse havido nenhum problema
em juntar fonemas
Disse que prontas estavam suas juras em forma de teorema
“Escolho Ana ao invés de Ema!
É com meu amor que quero IR AO CINEMA”
Ana atendeu e ouviu com surpresa extrema
Não pensava que conseguiria resolver seu dilema
“Ir ou não ir ao cinema” já não era o problema
e sim o poema

Pedrinho ligou e disse: "Ana, fiz um poema bacana"
E Ana, na literatura veterana... parecia naquele instante tão humana
que nem ciumes teve de Ema, pois era "tão bom ser Ana"
Ema tinha olhos azuis, era italiana...
Mas Ana se continha com seus pretos olhos, uma simples goiana
Sabia que mais do que ser soberana, é ser humana
Vale mesmo é o que de nós EmAna
Como dizia Juliana, o que importa é o que a gente ama
E foi ao cinema, porque o amor não desiste, o amor não engana
Amor só ama

Débora Raíssa
Lucas Henrique

Um comentário:

Lucas henrique disse...

"Nossa sina é se ensinar..."