domingo, 6 de outubro de 2013

Poesia sem título


A dor já não mais sentia
A dor me consumia...

Eu não me reconhecia!


Senti vontade de ser diferente

Mas aquele sentimento insistente
Permanecia em mim, indiferente!

Onde estaria a minha rima?

Será ela relato simples da triste sina?

De ter que começar e recomeçar

E de repente ver tudo acabar?

Pedi a alguém que não me invadisse

Mas queria que me mostrassem o meu mais íntimo
Supliquei que não me julgasse
Mas eu mesma não era ser legítimo!

Já não tinha mais nada que podia dizer que era meu!

O meu sorriso já tinha jeito de seu...
O meu olhar se desviava de mim!
Os meus braços improvisavam um abraço ruim

A minha voz imitava um bicho qualquer

Esmiuçando que queria retornar a forma original!
Não era digna sequer
De dizer que eu era ser racional!

Mas as minhas lágrimas...

Ah, estas!
Traziam lembranças de mim!
Eram elas que me devolviam
Mostrando que era findo tudo que era ruim
Eram elas que insistiam
Em me convencer que eu precisava dizer não
Para aguardar a hora certa de poder dizer sim.

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